Não me encerro no lacre de portas fechadas,elas que caiam sozinhas,quando a madeira crepitar de tão seca e arranhar o chão como giz na sua queda funda. Não me vejo atrás desses laboriosos segredos para que uma casa seja construída,minha alma vive no refúgio dessa chuva lenta,lavando os germes e a poeira das plantas,escavando a terra com a sua água ''pura'' para tocar a sustentável raiz,que afinal nascerá. O murmúrio dessa pele surrada por gotas finíssimas que caem do pensamento,embalará meu sono de felicidade,quando o corpo estiver todo eriçado de frio e desesperança,fustigado e dilacerado como a casca de uma semente dura. O dia então terá a doçura da fruta exposta,de textura ardentemente desejada pelas mãos,a coisa mole da sua cor,da sua força, através de um sorriso,seduzindo a tristeza que implora tão sincera para ser seduzida,domesticada pela alegria possível,roubada pelo amor que não sucumbirá diante do amor. A tristeza quer ser confundida com a paz. Mas não há paz verdadeira nesse mundo. Pois a verdade é logo confundida com a dor. E a magia deles não se tocarem,é a magia dos filhos e das mulheres. Os homens que salvam,sim,nós nos salvamos.
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