domingo, 17 de julho de 2011

Hmm...eu precisava vê-lo. Chovia suave,e minha sensação era macia...fui ansiosa até o portão do condomínio,com o guarda-chuva pendurado,esperando na verdade que ele mudasse de idéia e não viesse,não me fizesse sentir mais feliz do que meus olhos pareciam estar,tinha medo que ele visse meus olhos e finalmente descobrisse que estávamos errados o tempo todo,visse que o amor existia,e que estávamos sujeitos a ele,talvez pra sempre,mesmo depois do fim. E tentava resolver tudo isto antes que ele chegasse,pra que meu semblante transparecesse a confiança e a doçura de uma amante controlada. Mas não conseguia...de repente o odiava sem ódio, por amá-lo demais,e tinha que me amar mais do que ele, antes que viesse me beijar..pois o que antes parecia ser apenas desejo,de repente se tornara crucial..e não havia maneira de dizer-lhe.Eu te amo não servia. Como eu poderia beijá-lo da mesma maneira intensa?agora eu só queria beijá-lo lentamente..sem usar a língua,pra que as nossas bocas conversassem sem fazer sexo. Repentinamente, o que a gente espera chega. As vezes a gente esquece que pede o tempo todo,como em uma oração ininterrupta,só que não é pra deus,é a si mesmo. A gente pede pra suportar a dor de um adeus.E esquece de pedir a si mesmo pra não amar tanto o que nos faz bem...Mas lá vinha ele..sem guarda-chuva..molhando o jeans,o tênis sem meia,os lábios...por minha causa iria pegar um resfriado...a chuva não me deixava ver nitidamente seus olhos...ainda bem...assim meus lábios não puderam ler nada....e confusa mesmo,o que me tornou até mais amável... deixei ele entrar no meu guarda-chuva..

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