Eu caminhava enlouquecida de tanta calma,mas a verdade é que eu enlouquecia de verdade. As coisas estavam presentes,eu calculava suas posições,lembrava de seus enredos... a única coisa que me preocupava é que estar de fato louca merecia pouca atenção. Eu não esperava acreditar que a loucura é o avesso da lucidez; eu simplesmente perdera o controle do que esperava,e isso desencadeava eu estar em outra dimensão,anestesiada e alta,sensação que o mundo provoca e que instante após o outro,enquanto o momento não acaba,vai nos diminuindo até só restar a consciência. Então a minha consciência caminhava,perdida no tamanho dos tempos e dos espaços que se eram possíveis ocultar,ou que penetravam irremediavelmente no modo de se estar. Eu não queria mais esperar,por isso caminhava. Eu poderia dar o meu máximo pra conseguir alegria,pois é a única loucura aceitável,aquela que me traria de volta pra onde eu me preparo e penso distraidamente que é esperar em vão. Não,nenhuma espera(nça) é vã. Eu lembrava do enredo das coisas. E principalmente,não esquecia. Um ponto atrás do outro,um olho,um fato,qualquer poder de páginas,me alinhava tranqüila naquela lucidez esperada. Me dizendo enfim sobre a necessidade dessa loucura exata por enquanto.
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