quarta-feira, 27 de maio de 2009

''Morangos e caquis''

O dia começou uma sonolência arrancada a unha,aquele levantar de não deixar cair de jeito nenhum,o que desperta os olhos?! Como sempre o mundo testando nosso lado psicológico,lógico,frágil. Fui para meus afazeres,planos de luz,aclives,declives...montanhas e chuvas para escalar.Tudo estava à beira da normalidade(passado,presente,futuro),uma chuvinha pra esfriar os ânimos,pássaros batendo suas penas molhadas,caindo gotículas de água no ar...que caem sobre cabeças ou corpos,das folhas já contaminadas de orvalho. Esqueci guarda-chuva,que necessita-se como dividir um sorriso.Mas por sorte,caminhei por lá aonde sem me molhar de desespero. Li alguns trechos de títulos avulsos,discretos que me chamaram a atenção pela sua carga intrigante de um inesperado exato. Senti coisa gelada na minha boca,foi o que eu escolhi pra fazer enquanto lia,e foi gostoso,porque as vezes o gelado é a textura branca e lisa das páginas.Então depois de ler um conto de suspense poético,que de praxe me deixaria pensativa,comprei um salgadinho e pequei a carona que me esperava enquanto eu lia as últimas linhas.
O salgadinho tinha gosto de vazio sólido e puro sal. Eu já havia me recomendado e por ter esquecido eu me repetia:nunca mais. A chuva caia em intervalos,sem urgência que o meu,pois eu sabia que não era só imaginar,era precisar cair e seguir caminho de acordo com as irregularidades,afinal são correntezas sem fugir de um padrão de comportamento. Depois de tanto pedir,assim que parei,alguém me ofereceu: ''Morangos e caquis! morangos e caquis!!'' e soava tão belo...coisa sutil demais pra se ouvir no meio do caminho,mesmo que eu não saiba o gosto de um caqui,o importante é que eu não confundia seu sabor pela aparência,semelhança com outras frutas,permaneceu indecifrável.............até que um dia,eu possa finalmente pega-lo nas mãos,e faze-lo sangrar através da mordida mais doce que será a minha alma enlaçada ao seu mistério sem perder o segredo de ambos!

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