Os homens falam de passagens e soam abertas as suas feridas
falam de objetivos que profetizarão seu incerto futuro mortal
Os homens se calam sozinhos com os lábios trêmulos de palavras que precisam ser ditas porque o coletivo é exatamente a forma de um homem igual que é o alvo de nossas apreensões e desejos.
somos eternamente escritos na linha do paradoxo,como uma circunscrição
o homem precisa de muita esperança.
quinta-feira, 28 de maio de 2009
quarta-feira, 27 de maio de 2009
''Morangos e caquis''
O dia começou uma sonolência arrancada a unha,aquele levantar de não deixar cair de jeito nenhum,o que desperta os olhos?! Como sempre o mundo testando nosso lado psicológico,lógico,frágil. Fui para meus afazeres,planos de luz,aclives,declives...montanhas e chuvas para escalar.Tudo estava à beira da normalidade(passado,presente,futuro),uma chuvinha pra esfriar os ânimos,pássaros batendo suas penas molhadas,caindo gotículas de água no ar...que caem sobre cabeças ou corpos,das folhas já contaminadas de orvalho. Esqueci guarda-chuva,que necessita-se como dividir um sorriso.Mas por sorte,caminhei por lá aonde sem me molhar de desespero. Li alguns trechos de títulos avulsos,discretos que me chamaram a atenção pela sua carga intrigante de um inesperado exato. Senti coisa gelada na minha boca,foi o que eu escolhi pra fazer enquanto lia,e foi gostoso,porque as vezes o gelado é a textura branca e lisa das páginas.Então depois de ler um conto de suspense poético,que de praxe me deixaria pensativa,comprei um salgadinho e pequei a carona que me esperava enquanto eu lia as últimas linhas.
O salgadinho tinha gosto de vazio sólido e puro sal. Eu já havia me recomendado e por ter esquecido eu me repetia:nunca mais. A chuva caia em intervalos,sem urgência que o meu,pois eu sabia que não era só imaginar,era precisar cair e seguir caminho de acordo com as irregularidades,afinal são correntezas sem fugir de um padrão de comportamento. Depois de tanto pedir,assim que parei,alguém me ofereceu: ''Morangos e caquis! morangos e caquis!!'' e soava tão belo...coisa sutil demais pra se ouvir no meio do caminho,mesmo que eu não saiba o gosto de um caqui,o importante é que eu não confundia seu sabor pela aparência,semelhança com outras frutas,permaneceu indecifrável.............até que um dia,eu possa finalmente pega-lo nas mãos,e faze-lo sangrar através da mordida mais doce que será a minha alma enlaçada ao seu mistério sem perder o segredo de ambos!
O salgadinho tinha gosto de vazio sólido e puro sal. Eu já havia me recomendado e por ter esquecido eu me repetia:nunca mais. A chuva caia em intervalos,sem urgência que o meu,pois eu sabia que não era só imaginar,era precisar cair e seguir caminho de acordo com as irregularidades,afinal são correntezas sem fugir de um padrão de comportamento. Depois de tanto pedir,assim que parei,alguém me ofereceu: ''Morangos e caquis! morangos e caquis!!'' e soava tão belo...coisa sutil demais pra se ouvir no meio do caminho,mesmo que eu não saiba o gosto de um caqui,o importante é que eu não confundia seu sabor pela aparência,semelhança com outras frutas,permaneceu indecifrável.............até que um dia,eu possa finalmente pega-lo nas mãos,e faze-lo sangrar através da mordida mais doce que será a minha alma enlaçada ao seu mistério sem perder o segredo de ambos!
domingo, 24 de maio de 2009
Hoje puderam soprar na minha face uma alegria...quase simples,quase amiga..a me tentar o silêncio de palavras caindo da boca. Um repente mágico,como se houvesse uma lembrança sobre realmente tudo! Foi uma compreensão,daquelas epifanias sem nome e sem estratégias...tão rasas quanto a brisa desse mesmo sentimento! e que então havia de inesquecível,de inestimável? a simplicidade tentadora de uma coisa inteira,assim indecifrável mas querendo,te querendo,pra te aliviar de esperar essa nitidez oculta que habita a sombra dos olhos e a pupila das carnes...são tonturas aflorando brincadeiras de não deixar cair aquele instântaneo sendo revelado sem forma,sem total moldura. Uma dádiva,isso que é. Uma lágrima,pois finalmente caiu. E só eu sei o quê,o qual,como se houvesse porquê!
sábado, 16 de maio de 2009
Tenho aqui no mínimo 5.000 lembranças
que se vingam exaustas
Vêm sem imagens
se atropelam e me transmitem,
todas juntas assim sem nome,
uma sensação que decodifica
o exato equilíbrio
entre a saudade
e o esquecimento.
Lembranças de uma vida possível
formada e abandonada
após a descoberta do motivo
chave da questão.
Pensamentos muitos
em náuseas ligeiras,
como um ser humano
se formando no feto.
Tonturas isentas
de remédios,só elas mesmas,
nenhuma alucinação.
Apenas a vaga perturbação,
que talvez viesse
indecifrável
se eu não coubesse
nessa nítida esperança.
Mas é preciso não temer a vida
que foi vivida
nem ter coragem pelo medo
que permaneceu
ateu.
Dias tão únicos como se fosse,
possível uma única gota cair do céu.
que se vingam exaustas
Vêm sem imagens
se atropelam e me transmitem,
todas juntas assim sem nome,
uma sensação que decodifica
o exato equilíbrio
entre a saudade
e o esquecimento.
Lembranças de uma vida possível
formada e abandonada
após a descoberta do motivo
chave da questão.
Pensamentos muitos
em náuseas ligeiras,
como um ser humano
se formando no feto.
Tonturas isentas
de remédios,só elas mesmas,
nenhuma alucinação.
Apenas a vaga perturbação,
que talvez viesse
indecifrável
se eu não coubesse
nessa nítida esperança.
Mas é preciso não temer a vida
que foi vivida
nem ter coragem pelo medo
que permaneceu
ateu.
Dias tão únicos como se fosse,
possível uma única gota cair do céu.
O movimento arrastado dos risos
Crescentes inexistentes
derrotas e vitórias
De aço,latentes
Bruta história,bruta alegria.
Primitiva.
Finitas infinitudes
adornando singelas
quase sutis almas nuas
e idéias.
Em desacordo nasce uma face humana
mais humana que a mais calculada lógica crente
De quem já desesperou-se de
fragilidade,
porque o cansaço não alcança.
Crescentes inexistentes
derrotas e vitórias
De aço,latentes
Bruta história,bruta alegria.
Primitiva.
Finitas infinitudes
adornando singelas
quase sutis almas nuas
e idéias.
Em desacordo nasce uma face humana
mais humana que a mais calculada lógica crente
De quem já desesperou-se de
fragilidade,
porque o cansaço não alcança.
domingo, 3 de maio de 2009
Fragilidade linda
Me leve pra qualquer lugar
onde se possa sentir
o que se imagina sonhar
de realidade em realidade eu sigo rastros
qualquer lugar aonde eu possa chegar
sem tentar adivinhar o tempo perdido
pra dar lugar a um novo risco
eu preciso admitir que coragens são medos
pra estar satisfeito eu já sofri a coragem de acreditar
as certezas sobre o meu corpo lento
eu exponho pra quem acompanhar o movimento
que de tanta fragilidade
já se instalou em mim.
onde se possa sentir
o que se imagina sonhar
de realidade em realidade eu sigo rastros
qualquer lugar aonde eu possa chegar
sem tentar adivinhar o tempo perdido
pra dar lugar a um novo risco
eu preciso admitir que coragens são medos
pra estar satisfeito eu já sofri a coragem de acreditar
as certezas sobre o meu corpo lento
eu exponho pra quem acompanhar o movimento
que de tanta fragilidade
já se instalou em mim.
Flor pequenina
O dia está com cheiro de terra misturada com pedras,graças a chuva,principalmente pedras molhadas. Cheiro transcendental,inconfundível concreto úmido. Sabor da realidade após a previsão. Dor do parto em plena cicatrização entre agulhas. Estou tão discreta mas as cores me atingem. Sorriremos histórias de traços dosados. Um mistério pra não querer respostas,daqueles que só a morte pode revelar com sua voz rouca e grave. Uma flor pequenina entre os dedos ou um mar salvando seus náufragos. Um pássaro pra pousar e uma asa pra ficar.
De repente, possuímos almas.
Pra ferocidade do desejo desabrochar um corpo.
De repente, possuímos almas.
Pra ferocidade do desejo desabrochar um corpo.
Cidade das promessas
Com a calma da minha alma inquieta,eu vi meu corpo cintilar. E a tarde,madrugada barulhenta de luz turva quando a noite vem chegar,já é tarde: as luzes se misturam como em um incêndio. Um dia de protesto,as letras ficam confundíveis demais para serem lidas,o percurso é perturbador,perigoso,honesto na força de sua ingenuidade . E os passos da alma sofrida já não sabem aonde ir. Vão para onde não se deve ou escolhem serem notados pela sua obrigação. A justiça esconde o quê? Tantos pesadelos sentidos e esquecidos. O protesto caminha em ritmo de enterro. Palavras saem inaudíveis. O processo é louco,surpreendente,cessará em breve. Logo,a rua voltará a ser o palco da rotina,do milagre,dos passos firmes em sua esperançosa pressa de subverter a opressão do seu trabalho em vingança alegre através da felicidade (escondida,roubada,onipresente.). Onde os seus deuses humanos deturparão as vontades e serão inocentados de tais crimes (que não se provam a olho nu). Com a calma da minha inquieta,eu sobrevivi. Não podemos ostentar o nosso flagra,palavras são palavras; a infiltração e a doçura prometida é que são divinas.
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