sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Biotônico Fontoura pra comer o mundo



Acho que acordar tarde é estar de fastio do mundo. Quem acorda cedo aproveita as poucas belezas que nos restam: o silêncio do café sendo preparado enquanto a cidade começa a alçar voo na turbulência; os pássaros madrugais, que são muito mais sinceros em seu canto: querem acordar nosso sorriso. E a luz. Esse amarelo rupestre como se ainda fosse os anos 90,ruído dos filmes e os primeiros prédios e tecnologias ainda engatinhando pra convencer todo mundo que o futuro estava chegando. Essa grande virada,às 5h,6h da manhã ainda estão intactas. O passado permanece intocado nessa luz aonde o presente se embebeda. Trazendo memórias das casas espaçosas da infância,tonta de tanto girar.Tô enjoada,Cada gole é uma viagem em busca do novo desconhecido de nós que se perdeu.

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Madrugada renascendo em alvoradas quentes. Sopros de histórias,miados,coisas miúdas. Pizza dá alegria. Não quero viver 1 hora e sim 60 minutos ( os segundos tem febre). Os milésimos piscam,a ausência foi embora. Só resta esperar. Esse algo que está aqui e permeia,preenche,e se esconde na quietude do lugar menos concreto do mundo. Quero um livro novo,já me salvei dos outros. Esse novo personagem vai conversar comigo,desse jeito: usando a imaginação e o olhar adivinhando as instruções. Então eu vou ter muito o que falar. Eu vou sonhar com ele,enquanto o suor estiver descendo vamos viver aventuras sem cheiro. Eu vou entender algo,e quando isso acontecer,o corpo vai parar,a cabeça retroceder,olhar de lado,os ombros rentes:ele vai virar realidade. E vai embora(ainda estou olhando pra trás). E a ausência vai chegar. A coisa miúda vai estar maior,vou ter que doar. E dessa vez a pizza vai ter cebola roxa,porque o choro será colorido. De novo eu vou acordar achando que só estou vivo enquanto ninguém está olhando.

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Sempre fui de olhar nos olhos,mas engano de quem acha que estou prestando atenção. Estou mais. Estou me aproximando do que você quis dizer e não soube como retirar da fonte. Seus olhos brilham,se excitam,mas ainda está guardada aquela palavra que você nem conhece. Aqueles sonhos que foram se construindo ao redor do cotidiano que passava lentamente,e se perderão,na nostalgia de uma realização futura. É preciso se auto-lembrar constantemente. Por isso falo pouco embora raramente me cale realmente. Hoje em dia é tudo baseado em pesquisa de mercado,rastrear quem a pessoa parece ser,sem se preocupar com a transformação. Preciso me apegar a esse pensamento de morte,e deixar a vela ir queimando por si só. Pois se não aprender a desapegar morro,sem saída,enclausurada na satisfação(sub-vida da vida maior que é o mundo). Se me acostumar com o que é bom,não terei mais coragem de enfrentar o acaso,que tanto me dá seus tapinhas de sanidade.

Sempre escrevo em dia de chuva. Ela lava por fora e eu por dentro.

terça-feira, 23 de abril de 2013

Tudo meio azulado,perdendo o tom de si mesmo. Como um pensamento reprisado de alguma outra fatalidade. Portas abertas e alinhadas,receptando,seduzindo pra dentro e o depois é fechar e jogas as chaves fora.

Tudo meio cinzento,laranja-bordô -que é através do encanto- que a gente se abre.

quarta-feira, 17 de abril de 2013

A nova música há tempos estava trancada. Melodias iam e vinham sem eu me decidir,como um balanço num escorrego. A melodia mata-moscas. Vai pra lá..lógica pura. Esqueceram alguns livros sustentados na janela,todos escritos,cheios de segredos. E não revelar. Um sinal que emperra o silêncio,e toca a engrenagem pra rodar. Conhecer é infinito; reconhecer: eu me rendo.

segunda-feira, 18 de março de 2013

Me imagine caminhando naquela estrada de barro
ausente
em meus pensamentos
não é nada
não é nada

Cortando a realidade em tantos pedaços
Me dividindo nas verdades que inventei
não é nada
as vezes só canso de procurar

Olhe
meu
pulso
sangrando..

mas é só uma tatuagem,
é tudo.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Dor de dente,aguda dor de ausência. Mosquitos de chuva criando asas,eu sou um deles.

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

E então se eu fosse em frente precisaria de um contra-argumento que não era possível crer tão facilmente.Não,eu não queria ir tão longe assim. Não com aqueles pés cansados de chorar. E as vezes ser hermético não te faz avançar.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Ambientes decadentes me chamam,lugares onde só sobrou a verdade.A aconchegante ausência de enfeites.
O incontrolável sorriso inguardável. Aonde se você é uma pessoa,você é um movimento. Você é aquele pensamento que pode se abrir,sendo tragado suavemente. Eu me afundo,sou igual a todo mundo. Igual a quem quer ser.

domingo, 6 de janeiro de 2013

Passar do seu lado,dias e noites,tentando acordar em meio aos teus abraços,ilhada nas nossas idéias absurdas.