sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

São tantos, idéias,tamanhos de pensamentos que não se medem,sonhos de horizontes infinitos,pedras ocas se amontoando nas mãos como espelhos quebrados,onde as palavras são sons sem vibração. São tantos erros,de aparência imponente e enérgica, pra nos culpar por sermos livres. São tantas miragens,ilusões se tornando realidade,contradições tomando forma no imaginário humano,aonde os parâmetros são meros coadjuvantes. É tanta sensibilidade pra pouca paz de espírito,tanta riqueza para pouca humildade de usufruir a simples alegria; Tanto tempo que reage lentamente à nossa rapidez de nos tornarmos independentes até descobrirmos a dependência disto. Tanta teoria que a alma cansa da verdade e repudia a mentira, como um ódio da morte pela falta de face que nos impede de reduzi-la à condição humana. Até aceitarmos a consciência,plena vida pulsando em conjunto com o mundo,aceitando a si mesmo como uma peça indispensável desse quebra-cabeça chamado realidade.
E o luar era tão intenso que cada pingo de suor parecia uma estrela refletida. O corpo estendido em espasmos de alegria,tão duro que o colchão parecia feito de penas...a lua que era o mistério da nudez,a nudez por excelência,não contemplava nada. A cena estava perdida no espaço sem um expectador qualquer. Os corpos que faziam as bocas falarem,as pernas que num nó se tornavam carne,a lembrança de um mundo estranho no outro lado...e só os assobios do escuro acrescentavam realidade,a melodia triste de um gozo perto do fim.