O tempo é essa faca.Plena da carne da gente. ''Sente-se!''. Faca no peito.
Ele procurou naquele olhar as brechas de luz que as árvores também possuem.
Deitou na cama,mas pensou em outra coisa. Poderia simplesmente ter dito aquilo que queria. Sair um instante,e correr muito. A porta ficaria aberta e a metáfora daria possibilidade para outras interpretações.
Quando voltasse estaria tudo normal,louça suja,garrafas plásticas e copos quebrados espalhados pelo chão. Continuaria a não misturar vidro com lixo orgânico.Alimentar os dogs. Sentir o cheiro dos lençóis sujos ou limpos, e das flores mortas ou vivas. Olhar o céu esperando os ovnis que a imaginação já viu. E projetar todos os planos na parede. Tudo estava sendo sentido,e o que poderia passar despercebido era aquilo que sustentava a esperança. Mãos dadas e amém.