Sempre fui de olhar nos olhos,mas engano de quem acha que estou prestando atenção. Estou mais. Estou me aproximando do que você quis dizer e não soube como retirar da fonte. Seus olhos brilham,se excitam,mas ainda está guardada aquela palavra que você nem conhece. Aqueles sonhos que foram se construindo ao redor do cotidiano que passava lentamente,e se perderão,na nostalgia de uma realização futura. É preciso se auto-lembrar constantemente. Por isso falo pouco embora raramente me cale realmente. Hoje em dia é tudo baseado em pesquisa de mercado,rastrear quem a pessoa parece ser,sem se preocupar com a transformação. Preciso me apegar a esse pensamento de morte,e deixar a vela ir queimando por si só. Pois se não aprender a desapegar morro,sem saída,enclausurada na satisfação(sub-vida da vida maior que é o mundo). Se me acostumar com o que é bom,não terei mais coragem de enfrentar o acaso,que tanto me dá seus tapinhas de sanidade.
Sempre escrevo em dia de chuva. Ela lava por fora e eu por dentro.